segunda-feira, 8 de junho de 2009

Monitoramento


O governo do Brasil monitora a cobertura florestal da Amazônia com imagens do satélite Landsat desde o final da década de 70. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) conduz o mapeamento das áreas desmatadas na Amazônia através do projeto Prodes (Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélite) e gera estimativas de taxa de desflorestação anual para a Amazônia. A informação sobre a taxa de desflorestação é importante para planejar ações de combate à desflorestação em escala regional. Contudo, apenas informações sobre a taxa de desflorestação são insuficientes para o monitoramento e controle da desflorestação em escala local - é também necessário saber onde a conversão florestal ocorreu e acompanhar as tendências da desflorestação. Em 2003, o Inpe passou a disponibilizar os mapas de desflorestação da Amazônia para toda a sociedade. Há, entretanto, refinamentos que precisam ser feitos nos dados fornecidos pelo Inpe. Primeiro, a escala de mapeamento de 1:250.000, não permite mapear com detalhes fragmentos de florestas e áreas desmatadas menores que 6.25 ha. Segundo, áreas de exploração madeireira e de florestas queimadas não são mapeadas. Por último, a liberação dos dados tem sido temporalmente defasada, ou seja, pelo menos depois de um ano após as áreas terem sido desmatadas. Esta defasagem também limita as ações de controle de desflorestação. Tem havido também divergências no que deve ser considerada desflorestação. No caso do Estado do Acre, por exemplo, áreas de florestas ricas em bambu já foram classificadas como áreas desmatadas o que levou a superestimar a taxa anual de desflorestação para 2003. Os problemas descritos acima têm estimulado os Estados da Amazônia a desenvolverem seus próprios programas de monitoramento florestal, como é o caso dos estados do Mato Grosso e Acre.

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